O Chi é a força vital, é a energia presente em tudo, é o fluxo subtil de energia que integra todos os seres vivos e todas as formas inanimadas.
Esta energia move-se por todo o Universo interligando-nos a tudo e a todos, ou seja, o chi ou a energia vital da pessoa está sempre a envolver-se com o chi do que a rodeia e vice-versa.
Estamos em constante interação com tudo à nossa volta, ainda que, a maior parte das vezes, de uma forma inconsciente.
O tipo de energia, de chi que desejamos é de um fluxo energético harmonioso, constante e suave, um movimento horizontal, nem muito rápido, nem muito lento.
E esta definição do chi é a base do Feng Shui. Se a nossa casa usufruir de um chi equilibrado, os habitantes dessa casa também beneficiarão desse equilíbrio.
Há, no entanto, outras qualidades de chi como o de ser muito lento ou muito acelerado, de ser estagnado, bloqueado, interrompido ou praticamente inexistente. E este tipo de chi é denominado de chi cortante ou de sha.
Todas estas qualidades e velocidades do chi são sentidas através dos nossos sentidos, de sensações e não com a mente.
Por exemplo, uma divisão que não é usada ou que está fechada há muito tempo, certamente quando entramos nela sentimos, seja pelo cheiro, seja pela sensação de falta de vivacidade no local, que a energia naquela divisão é praticamente inexistente.
Por outro lado, se entrarmos numa sala com luz solar, com um ambiente convidativo a estar, à partida, estará a emanar um chi saudável onde nos sentimos bem.
As formas naturais, as montanhas, as árvores, os rios produzem e activam o chi. Mas as construções humanas não têm chi próprio, elas são activadas pelo ser humano, pela pessoa que frequenta o espaço, pela sua presença e pela sua vivência.
Há, portanto, aqui uma relação de bi-direccionalidade, ou seja, o espaço tem influência na pessoa, no habitante, mas o habitante também influencia o espaço. Daí ser muito importante a qualidade do nosso próprio chi na casa onde habitamos.



