No Bagua – ferramenta base de análise e interpretação de Feng Shui – o Sector 4 pertence à transformação árvore, por isso este sector ressoa com muitas características desta energia. O sector 4 é representado pelo trigrama do Vento.
Enquanto que a energia árvore do sector 3 é uma energia mais robusta, mais assertiva e mais explosiva, a energia árvore do sector 4 é uma energia mais flexível, mais leve e mais despreocupada. Se fizéssemos uma analogia com elementos da natureza, a casa 3 é a árvore de tronco forte e raízes profundas, e a casa 4 são os arbustos e aquela vegetação mais rasteira em que as raízes são mais à superfície.
A energia do Vento tanto pode ser representada por uma brisa gentil como com uma ventania que leva tudo pelo ar. Levando esta ideia para o nosso dia a dia, aqui o desafio é encontrar o equilíbrio. É aprender a fluir com a vida, é saber quando devemos deixar de resistir e entregar ou aceitar o que é, é rendermo-nos ao fluxo.
Para tal, é importante desapoderarmo-nos da nossa rigidez mental e é nesta casa que podemos trabalhar ou desbloquear esta questão. Esta rigidez mental é criada pelas nossas expectativas, pelas nossas crenças e este sector pode ajudar a alinhar, a ajustar as nossas expectativas com a realidade, com as oportunidades que acontecem na nossa vida, assim como ajudar a desconstruir as crenças que nos limitam e auto-sabotam.
A energia do sector 4 é fluida, volátil, inconstante e dinâmica
A casa 4 trabalha a energia da abundância, da prosperidade e das bênçãos. É aqui que podemos sentir se somos merecedores ou não de receber. A abundância existe e está ao alcance de todos nós, porque a abundância é uma vibração, vem do nosso interior, no entanto, muitas vezes não a conseguimos reconhecer e vibrar nela. Já a prosperidade é a manifestação na matéria, e sendo um conceito mais palpável é-nos mais fácil “medir” quão próspero eu sou na minha vida.
O chi do trigrama do vento tem, também, a ver com liberdade, com comunicação, com viagens – está relacionada com a energia do viajante e com a definição de desenvolvimento.
No que diz respeito ao espaço, o sector 4 deveria ser uma zona dinâmica, fluida onde a energia circule livremente. É um tipo de energia que precisa de espaço, por isso é muito sensível à acumulação. Não é boa ideia guardarmos contas, contratos e documentos que nos trazem preocupações, pois vai criar uma energia mais densa num sector que vibra pela leveza. Beneficia imenso com a ligação ao exterior, por exemplo, a divisão ter uma janela, porque vai “beber” muito da paisagem do exterior.
O chi da casa 4 ressoa com a nossa flexibilidade interior
Em equilíbrio o sector 4 dá-nos uma sensação de abundância e prosperidade na nossa vida. Temos a capacidade de ver as coisas pelo lado positivo. A liberdade é vivenciada. Sentimo-nos gratos.
Por outro lado, se este sector estiver em desequilíbrio ou com muita acumulação pode haver a sensação de que a “sorte” é só para os outros. Sentimos que a situação financeira está estagnada, que o dinheiro é pouco. Não nos sentimos abundantes. É comum, também, haver a sensação de que o que temos nunca é suficiente, há uma insatisfação constante. Ou pode haver a sensação de que não merecemos melhor.
No que se refere ao ciclo solar este sector representa os meses Abril e Maio. No ciclo lunar é representado pela lua geba. E no ciclo diário corresponde à manhã entre as 7h e as 11h.
Em relação aos pontos cardeais corresponde a sudeste.
As cores são os azuis claros, azul turquesa e azuis esverdeados. As formas são retangulares ao alto, linhas verticais, tal como na casa 3.
Num espaço, a partir da porta de entrada, o sector 4 situa-se no canto superior esquerdo.



